Foram finalizadas, na última semana, duas turmas de novos cursos
promovidos pela Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron): Redação
Oficial e Jurídica e Português Instrumental. Ambas
as formações foram ministradas na modalidade Educação a Distância (EaD), pela
servidora Maria Janete Rodrigues, e integram a Trilha de Aprendizagem
Institucional.
Realizado entre 1º de março e 7 de junho no
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Emeron, o primeiro curso teve como
foco as regras e normas da redação oficial e jurídica, de forma a proporcionar
o desenvolvimento das competências necessárias ao melhor desempenho das
atividades profissionais ligadas à produção de textos oficiais e à aplicação
das normas cultas da língua portuguesa, contribuindo para o aperfeiçoamento da
comunicação interna e externa do Tribunal de Justiça de Rondônia. Receberam a
formação um grupo de cem servidoras e servidores que participam da Trilha de Aprendizagem,
com uma segunda turma já em andamento.
Com mestrado em Letras, Janete, que atua como revisora de texto na
Coordenadoria de Revisão Redacional do TJRO, diz que o curso foi pensado a
partir de reivindicações por parte dos servidores. “O que muito nos satisfez,
pois vimos aí uma preocupação em bem atender à sociedade. Sabemos desse
distanciamento que a linguagem, quando mal-empregada, causa, podendo tirar
direitos, ocultar deveres, obscurecer atos essenciais para a aplicação das
leis, para o resultado dos litígios de modo geral”, pontua a analista
judiciária. As unidades de estudo abordaram: noções gerais de tipos de textos e
gêneros discursivos, o texto e discurso jurídicos, redação oficial, ementas, e
norma culta da língua.
Segundo ela, a linguagem jurídica tem suas especificidades e é
preciso um bom domínio de termos, sem obscurantismo, sem o chamado juridiquês,
que é um neologismo em voga no Brasil para designar o uso desnecessário e
excessivo do jargão jurídico e de termos técnicos de Direito que tantos
entraves vêm causando a quem busca o Judiciário na solução de conflitos. “O
curso visa, sobretudo, a desmistificar essa linguagem, tornando-a de fácil
compreensão, sem tirar o elemento técnico-linguístico que faz parte de cada
profissão”, conclui Janete. A segunda turma do curso, que começou em 3 de maio,
segue até o próximo dia 30 de junho, para outra centena de servidoras e
servidores.
Português Instrumental
Já o curso de português ocorreu apenas em maio, entre os dias 3 e
31, para mais um grupo de cem pessoas, com o objetivo de aperfeiçoar suas
habilidades e conhecimentos sobre a língua padrão. “A palavra, o discurso, é a
principal ferramenta de quem trabalha no Poder Judiciário. Pelo discurso,
decidem-se vidas, destinos. Por isso, precisamos estar afinados com a linguagem”,
afirma a ministrante.
Para ela, o curso surge como meio de oferecer ao serventuário da
Justiça uma abordagem mais normativa e, ao mesmo tempo, adequada do ponto de
vista da compreensão textual. “É importante que pensemos a linguagem como meio
de acesso ao Judiciário, desvelando o mito da linguagem técnica, a qual é
compreendida apenas pelo advogado. É de suma importância que todos os
envolvidos no processo compreendam o que foi decidido, o que foi dito. Com
isso, estamos atendendo ao Princípio da Transparência, sobretudo”, salienta
Janete.
Os conteúdos versaram a respeito de aspectos gerais sobre o
conceito de texto, como clareza e objetividade, coesão e coerência textuais, e
paralelismos sintático e semântico, além das regências nominal e verbal, por
meio de videoaulas gravadas, materiais de estudo e atividades para a aplicação
das aprendizagens. “O ponto alto do curso é a revisitação a pontos gramaticais
que trazem maior dificuldade em aplicar nas construções textuais”, finaliza a
servidora.
Assim como o curso de redação jurídica, o de português instrumental,
por também integrar a Trilha de Aprendizagem Institucional, tem caráter
permanente, portanto serão abertas novas turmas conforme a necessidade.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron
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