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Valorização da experiência marca debate sobre Etarismo, em Roda de Conversa

Desafios e perspectivas para pessoas mais velhas foram abordados em atividade que faz parte do Projeto Aurora

24/11/2021 06:13

A partilha de vivências de jovens com idades entre 30 até quase 70 anos marcaram a 3ª Ciranda Palavra promovida pelo projeto Aurora, que levantou o tema do Etarismo e o preconceito com pessoas mais velhas. As discussões promoveram uma reflexão sobre o papel dos idosos(as) pela sociedade e que, por conta disso, se limitam em suas rotinas e violam seus direitos. 

Em tom de conversa e em ambiente virtual, servidores e servidoras contaram suas experiências pessoais e de familiares mais velhos que sofrem com problemas como perda de autonomia e julgamentos que impactam em sua autoestima e até saúde mental. Muitos são desestimulados a iniciarem novos projetos, têm suas capacidades físicas e criativas questionadas e acabam padecendo com a exclusão.

Para uma das facilitadoras da roda, a psicóloga Mariângela Onofre, a experiência dos mais idosos deveria ser melhor aproveitada, sobretudo em um contexto de mudanças.  “Uma alteração de conduta cultural costuma durar gerações e nós, em dois anos, tivemos o nosso modo de viver totalmente revirado. E por que não aproveitar dessa experiência de quem viveu mais para reconstituir a nossa capacidade adaptativa?”, questiona. 

A diretora do Decom e uma das idealizadoras do projeto Aurora, Cecileide Correia, também chamou a atenção para as diferentes formas que podem assumir o etarismo. “Essa reflexão que fazemos é necessária para que possamos nos questionar sobre o nosso olhar sobre quem é mais velho e desmistificar a ideia de que o velho não serve para determinada atividade ou é improdutivo”, destacou. 

Em seu relato inspirador, a coordenadora do Centro de Documentação Histórica do TJRO, a historiadora Nilza Menezes, destacou que a idade não pode ser vista como um fator de limitação para novos projetos. Prestes a completar 70 anos, ela conta que foi ao chegar aos 50 que decidiu iniciar uma nova trajetória acadêmica, com mestrado e doutorado.

Servidores(as) de diferentes comarcas participaram da conversa e se manifestaram oralmente ou pelo chat, contribuindo para o debate. “É comum vermos a questão da exclusão das pessoas mais antigas, e ignorar a experiência que a gente tem”, disse Edson Braz dos Santos, servidor com mais de 20 anos no Judiciário de Rondônia, lotado na Comarca de Guajará-Mirim. “Você sempre será mais novo que alguém e mais velho que outros, mas o momento de aprendizado é a todo momento, a qualquer idade. Por muito tempo houve a exclusão de pessoas da melhor idade, deixando muitas vezes seu conhecimento de lado. O tema é maravilhoso, mostra inovação, mudança de preceitos antigos para pessoas, independentemente da idade”, pontuou outra participante.

A coordenadora do Núcleo de Acessibilidade e Gestão Socioambiental-Nages, Maiara Moraes, lembrou o esforço do Judiciário para enfrentar a questão com a aprovação da Política Interinstitucional de Equidade de Gênero, de Raça e Diversidade no âmbito do Poder Judiciário do Estado de Rondônia. A resolução está de acordo com os ideais e valores que fundamentam a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o disposto em diversas convenções internacionais, estatutos e tratados que buscam rechaçar todas as formas de discriminação, dos quais o Brasil é signatário. “O combate à discriminação de idade faz parte deste contexto e, por isso, ações como essa ajudam a fomentar as ações necessárias para a inclusão”, avalia. 



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