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Da roça ao mundo da escrita: a trajetória da servidora Inês no universo das letras

Aos sete anos de idade começou a frequentar a escola e aprendeu a ler sozinha simplesmente por uma curiosidade imensa de descobrir e conhecer tudo que aparecia referente ao mundo da leitura.

08/05/2019 14:14


Os principais gêneros que definiram o estilo de escrita de Inês são: crônicas e poesias

A imensidão rural de um pequeno lugarejo chamado de Secção São Miguel, pertencente à cidade Francisco Beltrão-PR, foi o cenário que fez parte da infância de Inês Cancelier Moretto, servidora aposentada do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO). Somente aos sete anos de idade começou a frequentar a escola e aprendeu a ler sozinha simplesmente por uma curiosidade imensa de descobrir e conhecer tudo que aparecia referente ao mundo da leitura.

De família muito pobre, tendo os pais como trabalhadores da roça, em casa não havia chance alguma de ter um livro. Ela rememora que para saciar a vontade de ler “qualquer conteúdo servia, até mesmo o que estava no lixo”. O amor pela escrita começou nesse tempo, quando frequentava a escola, pois apaixonara-se ainda mais pela leitura e a partir daí veio o exercício da escrita. Tinha como uma das tarefas preferidas a produção de texto na disciplina de Redação, gostava de narrar histórias, resumir livros e escrever poesias. Disso resultou os dois principais gêneros que definiram seu estilo de escrita: crônicas e poesias.

Em 1986, Inês lançou seu primeiro livro “Hemistíquio”, que apresenta suas poesias escritas durante as fases jovem, adulta, romântica e sonhadora. Quatorze anos depois, em 2010, lançou “Memórias do Meu Caminho”, conteúdo com caráter biográfico; a produção apresenta dois momentos da vida da escritora. A primeira parte do livro aponta trechos da história da vinda para Rondônia, por meio de pequenas crônicas sobre os desafios, os “causos” engraçados, o lugar e personagens. A segunda parte é constituída por algumas poesias.


A escritora em evento de lançamento do livro

Inês destaca que a escrita pressupõe a busca de inspiração e para isso alguns aspectos são necessários. “A inspiração precisa de espaço, de desapego, de entrega, de olhar, de humildade. A leitura de textos e a leitura do mundo são fontes motivacionais para a escrita, para a recriação e para a releitura. No campo das emoções, tanto a leitura quanto a escrita são catarses, processo que me realiza e me constrói”, frisa.

Ela lembra, reconhecendo que a escrita é um processo que está em constante processo de evolução, que quando participou dos concursos de poesias promovidos pelo TJRO foi um momento em que aprendeu a escrever a partir da propositura de temas, o que para ela foi um grande desafio, pois ela costumava ter suas escrituras sempre de modo livre.

Inês conquistou premiação com sua escrita no concurso de poesias do TJRO, participou de duas antologias do TJRO e teve suas poesias publicadas em alguns jornais e revistas.

 A escritora em família

Questionada sobre o que está produzindo nos últimos tempos e se pretende lançar um terceiro livro, ela afirma que suas produções “são pequenos textos, pequenas poesias, pensamentos, reflexões, os quais pretende publicar, mas sem data prevista”.

“Para mim escrever é um privilégio, um prazer, é um refazer-se a partir das palavras”, pensa Inês sobre o ato de escrever.

 

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