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Emeron promove encontro presencial prático para conclusão da segunda turma do curso EaD em Libras destinado a servidores do TJRO

O Curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) – Modalidade EaD é voltado a servidores do interior e capital do estado que prestam atendimento ao público.

18/07/2019 12:05

A Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron) realizou, na última terça-feira (16), o encontro presencial de finalização da segunda turma do Curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) – Modalidade EaD, voltado a servidores do Tribunal de Justiça de Rondônia do interior e capital do estado que prestam atendimento ao público. Ministrada por Nathali Machado, tradutora e intérprete de Libras do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), a formação é a primeira na modalidade a distância desenvolvida pela própria Emeron.

O objetivo é atender à Resolução N. 230/2016 do Conselho Nacional de Justiça, que determina que os órgãos do judiciário disponham de no mínimo 5% dos servidores capacitados para uso e interpretação da Libras, de modo a ampliar a acessibilidade comunicacional para pessoas surdas. O curso possibilita conhecer os conceitos da linguagem e da comunidade surda, bem como as especificidades da língua portuguesa em relação à Libras, identificando elementos como o alfabeto manual, expressão facial, necessidades das pessoas surdas, identidade e cultura surda, além dos sinais básicos para diálogo.

O encontro presencial final serve para consolidar a aprendizagem por meio da realização de atividades e exercícios práticos, com demonstrações e simulações de conversação, e visa a internalização e fixação do conteúdo estudado em EaD para preparar os participantes ao diálogo com o público surdo. Participou do encontro uma aluna surda de Nathali no IFRO, que foi convidada para interagir com os cursistas. A ministrante destaca a importância desse momento prático: “Eles sempre me surpreendem muito quando chegam aqui, quando você presencialmente pergunta e eles sabem os sinais é muito empolgante ver como conseguiram aprender e se desenvolver ao longo do curso”.

Nathali conta que um dos servidores sofreu grande perda auditiva recentemente e teve no curso seu primeiro contato com a Libras, que será importante não só para a adaptação no trabalho mas também para sua vida pessoal. “Para conseguir se comunicar, ele estava tendo que usar o gravador de áudio do celular que escreve as palavras”, diz. Na primeira turma, ela já havia estabelecido com os alunos um grupo no Whatsapp para dar continuidade à aprendizagem, com envio de vídeos, links e conversa por meio de gravações. “Ele e os demais cursistas da segunda turma vão participar desse grupo também e vou ajudar a inseri-lo na comunidade surda para ele ter contato e adquirir a linguagem mais rápido”, complementa a instrutora.

Outro aluno, o chefe de cartório na 4ª vara cível de Vilhena Kleber Gilbert acha importante que o TJRO tenha servidores capacitados “pela legislação, mas também para atender o jurisdicionado que precisa desse tipo de atendimento”, que segundo ele é uma modalidade ainda deficiente na maioria dos órgãos públicos. Para o servidor, alguns colegas se interessam pela formação não só pela questão do atendimento, mas pela vida em si. “Hoje somos cercados de pessoas que precisam de contato, é um diferencial em todas as esferas, porque se você vai visitar qualquer instituição raramente encontra um intérprete, a cultura da acessibilidade já deveria estar mais avançada”, acrescenta.

Kleber também considera o encontro essencial para a formação: “Curso de línguas, para qualquer língua, tem a necessidade de um treinamento prático, ajuda a aprimorar os conhecimentos adquiridos do EaD porque você tira dúvidas e consegue entender melhor como agir e trabalhar utilizando a Libras, pode-se dizer que é um dia para uma vida e vai melhorar muito a prestação jurisdicional”.

Em uma parceria institucional, três servidoras da Defensoria Pública do Estado (DPE) participaram da turma: Meiriane Farias, da divisão de tecnologia da informação, Eliana Soares, da divisão administrativa, e Barbara Costa, do gabinete do defensor público geral. Elas montaram uma comissão de acessibilidade para formular um projeto na área, que a DPE ainda não possuía e para o qual a presença no curso da Emeron serve como primeiro passo.

Agora, a ideia é oferecer aos demais membros e servidores a capacitação no atendimento às pessoas surdas, nos mesmos moldes do TJRO. “Já proporcionou um amplo vocabulário em se tratando de um curso básico, auxilia muito nesse primeiro contato com o surdo quando ele chega pedindo uma informação ou querendo ver algo no processo, supre essa necessidade inicial”, garante Meiriane, que participa de um grupo de pesquisa de direitos humanos surdos e já auxiliava no atendimento a essas pessoas na Defensoria. “A DPE é a casa da cidadania, então a gente tem que estar preparado para receber pessoas com todas as necessidades que elas tiverem”, conclui Barbara.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron

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