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Sexta, 26 Mai 2023 12:53

Dia nacional: Vara de Proteção à Infância promove atividade de integração entre famílias que adotaram e pretendentes à adoção

Os relatos de Giuseppina Fulco e sua filha Camila foram o destaque da roda de conversa proposta pela Vara de Proteção à Infância e Juventude de Porto Velho, em alusão ao Dia Nacional da Adoção. A atividade “Café com Adoção”, organizado pelo Núcleo Psicossocial, ocorreu na manhã desta quinta-feira, no mini-auditório da vara e foi permeado de emoção, trocas e aprendizados.   

Giuseppina contou a experiência exitosa que começou há 27 anos com a adoção de Ana e seguiu depois com a filha Camila, hoje com 22 anos. “Quando a gente se encontrou pela primeira vez, a gente se reconheceu”, destacou ao falar do processo de adoção. “A gente seguiu o procedimento normal de cadastramento e tudo mais, só que a gente não escolhe os filhos. Na vida ordinária ninguém escolhe os filhos, ninguém escolhe os pais. As duas chegaram pra gente de uma forma tão imprevisível que eu digo que elas foram feitas sob encomenda para nós. Nós para elas, e elas para nós. Nossas histórias se encaixaram, a história familiar delas se encaixaram com a nossa história familiar. Por isso que eu sempre digo que cada um é destinado a ter os filhos que precisam ter”, observou.

Camila, em seu relato, ressaltou a importância dos pais adotivos informarem aos filhos sobre sua história, suas origens, o que, segundo ela, não vai prejudicar em nada o vínculo construído na família adotiva. “É uma parte muito importante saber de onde você veio, onde nasceu”, opinou ao contar que, aos 17 anos, com a ajuda da mãe adotiva, encontrou a mãe biológica. “Isso foi muito importante tanto para ela quanto para mim”, acrescentou Giuseppina. 

O juiz titular da vara, Flávio Melo, presente na roda de conversa, se disse tocado pelos depoimentos, que serviram como um retorno surpreendente das decisões tomadas no cotidiano da unidade. “É sempre desafiador definir o destino dessas crianças, que construirão novas relações, novos laços a partir da inserção em um novo lar”, ressaltou o magistrado.

“É uma história muito bonita, a da nossa família, e que me inspira muito, porque eu também gostaria de adotar uma criança. Só tenho a agradecer mesmo”, finalizou Camila.

 

Equipe de excelência

As profissionais que integram a equipe de colocação familiar da vara também se manifestaram, destacando a vasta experiência que fazem do setor uma referência nacional. “Somos um grupo de excelência. Trabalhamos fazendo uma preparação para adoção, não tenho medo de errar, a melhor do Brasil, a do TJ de Rondônia”, comparou a assistente social Sayonara Souza, ao contrapor que só cumprir o que pede a lei não dá conta da complexidade que é a inserção de crianças e adolescentes em famílias adotivas.

Rita Picanço, também assistente social do Judiciário há 27 anos, se disse grata em participar dessa equipe. “O aspecto principal do nosso trabalho é no sentido de que cada vez mais as pessoas se sintam bem capacitadas no exercício de maternar e paternar por meio da adoção”, enfatizou.

Fátima Batista, chefe da Seção de Colocação Familiar, agradeceu à contribuição dos depoimentos, sobretudo de mãe e filha, que trouxeram experiências importantes de aprendizados. “Temos retorno de famílias que acabaram de adotar, ou no máximo até uma fase da vida dessas crianças ou adolescentes. Poder ter acesso a uma história mais longa, com pessoas já adultas, enriquece ainda mais nosso repertório para um melhor acompanhamento do processo”, assinalou.

Também participou na roda um casal pretendente à adoção, que assistiu aos depoimentos bastante emocionados.

Assessoria de Comunicação Institucional