Na última quarta-feira (10), o mestrado profissional interdisciplinar
em Direitos Humanos e Desenvolvimento da Justiça (DHJUS), programa oferecido
pela Universidade Federal de Rondônia (Unir) em parceria com a Escola da
Magistratura do Estado (Emeron), promoveu nova defesa de dissertação em sala
virtual, o que já vem sendo feito desde o início da pandemia, com a suspensão
das atividades presenciais. O magistrado Rinaldo Forti, atualmente juiz secretário-geral
do Tribunal de Justiça de Rondônia, apresentou o trabalho “Crianças e
Adolescentes Vítimas de Violência e a Oitiva Especial em Rondônia: Proposta
para evitar revitimização”.
Orientado pela professora doutora Patrícia Cabral
de Vasconcellos, Rinaldo desenvolveu o estudo dentro da linha de pesquisa
Direitos Humanos e Fundamentos da Justiça, uma das duas do programa. “A dissertação
tem como objeto central a otimização da oitiva especial em crianças e
adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, para fins de minimizar os
traumas secundários, que ordinariamente ocorrem no processo de revelação e responsabilização
do abusador”, diz o magistrado.
Para racionalizar a pesquisa, ele optou por um
recorte do público alvo, centrando foco nas crianças e adolescentes vítimas de
violência sexual. Na dissertação, Rinaldo aborda o desenvolvimento histórico,
conceitos e direitos das crianças e adolescentes, estatísticas, aspectos
jurídicos e a própria definição de violência sexual, bem como tratamento
humanizado de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência,
tanto física quanto sexual, em atendimento à Lei 13431/17, que estabelece o
sistema de garantia de direitos da criança e adolescente vítima ou testemunha
de violência.
De modo específico, foi objeto de estudo a oitiva
especial, apontando seu teor probatório e sua relação com crimes envolvendo abuso
sexual. O acadêmico apresenta no trabalho, como estudo de caso, os programas
relacionados ao procedimento de escuta de crianças e adolescentes em Rondônia,
para então apontar o produto da pesquisa, pré-requisito do mestrado
profissional: “Trata-se de um núcleo especializado no acolhimento e tratamento humanizado
de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência tanto física
quanto sexual”.
Durante a apresentação do estudo para a banca
examinadora, na videoconferência, Rinaldo exibiu o fluxograma que permitirá o
trabalho do núcleo, bem como as minutas do projeto de decreto-lei que criou para
a instituição, no estado, da unidade integrada de atendimento, e do termo de
cooperação técnica junto ao TJRO e Ministério Público estadual. Além da
orientadora, também participaram da banca os professores doutores Thais Bernardes
Maganhini e Marcus Rivoiro.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron
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