Uma questão afeta às lideranças é o enfrentamento de conflitos e tensões. Como líder será impossível fazer com que desapareçam, considerando ser esta uma característica das relações humanas. Mas a chave está em aprender a controlar de maneira efetiva os focos de conflitos, valendo-se de algumas estratégias como guia da produtividade e bem-estar laboral.
1.
Um aspecto importante na postura do gestor
é estimular a equipe em reconhecer a importância do fazer de cada membro,
evitando comparações internas quanto à complexidade das ações desenvolvidas ou
equivocadas comparações do grau de importância. Todos são responsáveis pelo bom
andamento dos trabalhos e a soma das partes jamais será maior que o todo. Uma
observação comum em equipes com tensões relacionais é um acentuado clima de
competição interna, ou equipes que interatuam em clima de rivalidade, como se o
fazer diário fosse uma eterna competição, em que um deve perder para o outro
sagrar-se campeão.
2.
A equipe deve participar do processo de
tomada de decisão, sem tirar a responsabilidade do gestor em decidir. Cabe ao
líder elaborar um plano de ação estratégico para conduzir os trabalhos aos
objetivos organizacionais. Quando todos participam das discussões e tem a
oportunidade de atuar na construção de uma proposta de trabalho há um maior
senso de comprometimento da equipe, e o líder pode valer-se destes múltiplos
olhares. Numa estrutura hierarquizada, às vezes a melhor alternativa para
solução do problema vem da base, dos que ocupam os postos de menor
complexidade, mas possuem o distanciamento emocional do problema para enxergar
o fenômeno com mais clareza.
3.
Mas lembre-se, o gestor é o responsável
pela tomada de decisão. É natural desagradar parte da equipe, ou até mesmo a todos
que a compõe numa decisão de mudança estrutural ou pela implantação de novas
rotinas e/ou fluxos de trabalho. Nem sempre é possível conciliar interesses institucionais
com as expectativas das pessoas. Uma estratégia para o melhor entendimento da
equipe é facilitar a percepção do sentido que fundamenta a escolha. Todavia,
toda mudança gera sentimentos de insegurança, e a maior parte das pessoas
evitam situações que alteram a rotina habitual.
As atribuições em estar
como gestor são amplas e exige um contínuo aperfeiçoamento para plena
capacidade em liderar. Para além das questões descritas na função estratégica,
existem papéis importantes implícitos neste cargo:
- Formule
ações para desenvolver o conhecimento, as habilidades e as atitudes dos membros
da equipe. Seja um líder responsável pelo crescimento de todos. Como diz Peter
Druker: “Nenhuma organização pode ir melhor do que as pessoas que tem”.
- Estabeleça
um clima de ajuda mútua, e valorize as pessoas comprometidas com o
desenvolvimento dos demais. A responsabilidade em treinar um servidor para uma
nova atividade, ou ensinar o trabalho aos iniciantes é do gestor. Todavia, ao
delegar essa atribuição, redimensione as metas de quem assumiu a
responsabilidade e valorize a ação. O bom clima relacional também pode ser
mensurado pela qualidade do acolhimento aos novos servidores.
- Seja assessor, mentor e tutor dos integrantes da equipe. Aos que não sabem, ensine! Aos que não podem, dê as condições, ou mostre alternativas dentro da organização! Ninguém consegue produzir com eficácia sem as condições básicas. Esteja atendo as necessidades da equipe, ou poderá ser vítima do princípio de PETER[1]: “as pessoas são promovidas, até atingirem o seu nível de incompetência”.
Ressaltamos que, o
Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia possui uma equipe de Psicologia Organizacional,
capacitada para instruir e mediar essas questões.
Caso algum gestor ou
servidor perceba a necessidade de uma intervenção desta equipe, favor entrar em
contato através dos telefones: (69)3217-1093/1094/1125, pelo e-mail: diadec@tjro.jus.br,
ou encaminhar um SEI à Diadec, expondo a situação.