Na última sexta-feira, 10, ocorreu nova defesa de dissertação no mestrado
profissional interdisciplinar em Direitos Humanos e Desenvolvimento da Justiça
(DHJUS), programa de pós-graduação oferecido pela Fundação Universidade Federal
de Rondônia (Unir) em parceria com a Escola da Magistratura do Estado de
Rondônia (Emeron), onde ocorrem as aulas e demais atividades do curso. Intitulada “Direitos Humanos e Acesso à Justiça:
Justiça Itinerante como política pública de acesso à Justiça a populações
tradicionais ribeirinhas de Rondônia”, a dissertação do magistrado Acir Grécia
foi defendida a distância, por meio de videoconferência.
Juiz do Tribunal de Justiça de Rondônia, Acir foi
orientado na pesquisa científica pelo professor doutor Delson Barcellos Xavier.
O trabalho debruça-se sobre a Operação Justiça Rápida Itinerante, idealizada no
estado como política pública de garantia do efetivo acesso à justiça para a
população das localidades distantes dos centros urbanizados, como é o caso das
comunidades ribeirinhas. Na comarca de Porto Velho, acessando por meio fluvial
às margens do Rio Madeira, o Poder Judiciário, junto aos órgãos essenciais à
função jurisdicional (Ministério Público, Defensoria Pública), além de alguns
setores de órgãos públicos do Executivo, realiza periodicamente a operação
itinerante para prestar jurisdição nessas comunidades ribeirinhas.
“No entanto, verifica-se que esses grupos sociais
se encontram situados em locais distantes e de difícil acesso, carecendo de
serviços públicos sociais básicos, em flagrante violação ao direito à cidadania
e à dignidade humana”, afirma o magistrado. Dessa forma, Acir explica que, como
objeto da pesquisa, foi analisada a situação dessas comunidades ribeirinhas: “Com
isso, pretendo aferir a eficiência da Operação Justiça Rápida Itinerante, além
de identificar e atacar alguns obstáculos ao efetivo acesso à justiça a essas
comunidades”.
Ao longo dos quatro capítulos da dissertação, o
acadêmico aborda direitos humanos, o Sistema dos Juizados Especiais e sua
correlação com o direito de acesso à justiça, o processo de pauperização e
invisibilidade das comunidades tradicionais ribeirinhas de Rondônia, o histórico
e custo econômico da Operação Justiça Rápida, as comunidades tradicionais
beneficiadas e a efetividade de seu acesso à justiça por meio da operação.
Além do orientador, compuseram a banca avaliadora que
aprovou o estudo os professores doutores e também juízes do TJRO Arlen José de
Souza e Sérgio William Domingues Teixeira. As defesas do DHJUS continuarão
sendo realizadas por videoconferência enquanto durar a suspensão de atividades
presenciais da Emeron, em função da pandemia do coronavírus.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron
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