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Aurora: Espaço de acolhimento virtual foi primeira ação do projeto

Participantes da roda de conversa trocaram vivências e avaliaram positivamente a atividade

17/08/2020 06:06

Mães de crianças pequenas, aflitas com ameaça constante de contágio da Covid-19, inseguras com a nova rotina de trabalho, preocupadas com a cobrança sobre o cumprimento de horário e produtividade em home office ou presencial. Situações comuns de muitas servidoras que, diante do contexto da pandemia, buscaram apoio e acolhimento na “Ciranda da Palavra”, atividade do recém-criado projeto Aurora, que integra profissionais de diversas áreas, justamente para trabalhar as questões relativas a este período difícil e atribulado, principalmente para as mulheres, geralmente sobrecarrregadas com jornadas ininterruptas de trabalho institucional, doméstico e cuidados com a família.


Em um ambiente virtual, servidoras que se inscreveram para a atividade puderam falar sobre suas dores, medos e angústias, e  também sobre os pontos positivos alcançados com a nova forma de lidar com o trabalho e mundo pós-pandemia. “Fiquei muito mais próxima dos meus filhos. Hoje posso tomar café da manhã e almoçar com o meu menino. Estou acompanhando a minha filha a falar as primeiras palavras, isso eu não pude ter com o mais velho”, disse uma servidora de Ariquemes.

Os ganhos com a home office também foram apontados principalmente por servidoras mães, que podem ficar mais próximos dos filhos, que neste momento não estão frequentando escola nem qualquer outra atividade paradidática. “Eu dispensei a babá por preocupação de contágio, já que meu marido faz parte da linha de frente de enfrentamento à doença, e a família dela tem mais pessoas que precisam trabalhar”, explicou outra servidora da comarca de Pimenta Bueno.

Muitos relatos da dificuldade em conciliar o trabalho com o cuidado de filhos pequenos, sobretudo para servidoras divorciadas, que não podem contar tanto com a ajuda dos pais, muitas vezes nem dos avós, em razão de serem grupo de risco, acabaram por emocionar os demais participantes. “É muito bom saber que eu não sou a única. Há pessoas passando pelos mesmos obstáculos que eu. Sinto-me acolhida. Obrigada por pensarem num projeto como esse. Estamos precisando muito desse cuidado”, disse outra servidora de Pimenta Bueno.

Sentimento compartilhado por uma servidora de Colorado do Oeste, que se sentiu bastante preocupada diante da falta de atividades terapêuticas para o filho com espectro autista. “A mudança de rotina o deixou agitado, felizmente pude ficar com ele”, comentou.

Outro aspecto em comum foram casos de Covid-19 entre as próprias servidoras ou familiares bem próximos, o que trouxe um nível de estresse alto, sobretudo pela incerteza das consequências da doença. “Eu e meu marido pegamos a doença. O caso dele foi mais grave. Felizmente estamos todos bem agora”, contou a servidora de Porto Velho. “Meus pais pegaram e estavam no grupo de risco. Minha irmã e eu fomos de carro até Brasília, onde eles moram, para cuidar deles. Foi muito difícil, porque minha mãe ficou um tempo na UTI”, contou outra servidora da capital, que teve grande dificuldade de adaptação ao home office. “O volume de trabalho me dava impressão de incapacidade”, observou.

Por outro lado, muitas demonstraram que o teletrabalho pode ser uma alternativa que veio para ficar, que pode trazer benefícios para a instituição, em razão da alta produtividade e qualidade de vida para servidoras e seus familiares. “Apesar de me sentir muito cansada, pois o trabalho em casa associado às outras atividades exige mais, ainda penso que ficar perto da minha filha é muito melhor pra ela e para a minha saúde mental”, analisou outra servidora.

A Ciranda da Palavra, mediada por profissionais que integram o projeto como as psicólogas Mariângela Onofre e Iuna Sapia, utilizou a metodologia terapia comunitária, possibilitando que todas as participantes se manifestem e troquem experiências. Por isso, as turmas devem ser limitadas a no máximo 20 pessoas. Diante disso, as servidoras que se inscreveram, mas não puderam participar dessa primeiro encontro, terão a oportunidade em uma nova roda no próximo dia 18 de agosto.

 

O projeto Aurora



O projeto é uma parceria do Núcleo de Acessibilidade, Inclusão e Gestão Socioambiental – Nages,   Coordenadoria de Mulheres do Tribunal de Justiça de Rondônia e a Divisão de Saúde, para construir uma agenda de ações voltadas, principalmente, para o público feminino.

A iniciativa consiste em propor ações contínuas e integradas entre diferentes setores do TJRO, que visam oferecer melhores condições laborais às servidoras, constituindo política de ação institucional que favoreça a ampliação da participação feminina no Poder Judiciário. 

O Projeto está alinhado às diretrizes da Resolução n. 255, do Conselho Nacional de Justiça, que instituiu a Política Nacional de Incentivo à Participação Institucional Feminina no Poder Judiciário. e também aos objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU relacionadas à efetivação dos direitos humanos e promoção do desenvolvimento. O Objetivo 5 refere-se à igualdade de gênero.

 

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