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Artigo: Saúde Mental

Reflexão que o psicólogo Pedro Martins de Oliveira faz sobre o Janeiro Branco

12/01/2021 08:11

A presente reflexão se dá por conta das ações da campanha do janeiro branco e tem como objetivo a proposição a seus leitores uma reflexão cuja palavra chave é zona de conforto.

Um dos efeitos mais notáveis que a pandemia mundial do novo Coronavírus provocou em nossas vidas, a nível individual e coletivo, foi o incômodo nessa zona de conforto.

Que zona de conforto é essa?

Ora, por gerações e gerações, nos acostumamos a termos uma rotina: acordar cedo, irmos para o trabalho, focarmos no trabalho e, após um longo dia retornarmos a nossas casas. Eventualmente, podendo ser estendida um pouco mais até após o término do expediente essa ausência física do círculo doméstico com atividades diversas como, por exemplo, atividades físicas e confraternizações sociais.

Toda rotina, por definição, é algo que nos traz subjetivamente um certo conforto, na medida em que passamos a acreditar que sabemos aproximadamente o que vai acontecer conosco naquele dia.

Eis que a pandemia chega em nossas vidas e convida essa zona de conforto a ir para longe por tempo indeterminado.

Os impactos que este conflito entre a pandemia e essa “normalidade”, essa zona de conforto provocarão em nossas vidas provavelmente ainda levarão um tempo para serem corretamente mensurados. Mesmo que estimadamente, isso ainda não é integralmente possível na medida em que a pandemia ainda é uma realidade presente em nossas vidas e não dá sinais de querer ir embora.

Vemos nos meios de comunicação de massa relatos superficiais de pesquisas que dão conta do aumento das incidências de violência doméstica, de divórcios e, infelizmente, do aumento de quadros psicopatológicos com especial ênfase nos transtornos de ansiedade e depressivo.

As pistas (embora ainda carentes de maior solidez científica) apontam unanimemente para uma provável relação entre os aumentos da incidência destas questões com as consequências mais imediatas da pandemia como, por exemplo, o confinamento social.

Considerando estes fatos, resta a pergunta quanto ao que fazer?

Embora não à nossa vontade (pois a saúde mental de todos os colaboradores deste PJRO é nossa preocupação), escapa à nossa competência definirmos uma cartilha do que fazer para que não entrem nessa estatística negativa, uma vez que estamos tratando aqui de dados cuja incidência são, em sua essência, subjetivos. Ou seja, depende das características pessoais e estruturais de cada um de nós encontrarmos um caminho para cuidar de nossa saúde mental no meio desse quadro adverso da pandemia. As opções são muitas (devendo evidentemente serem sempre observadas as normas de biossegurança): atividades físicas, procura por psicoterapia e etc.

Por outro lado, podemos fazer um retorno à palavra chave zona de conforto, inicialmente proposta, produzindo um deslocamento no sentido negativo do qual estava inicialmente imbuído, para destacarmos o fato de que toda zona de pode ser reinventada. Ou seja, da mesma forma que elas são criadas e destruídas por eventos inesperados elas podem ser reconstruídas.

Logo, o convite que nós deixamos aos leitores é para que reinventem novas zonas de conforto, adequadas às condições atuais e que os façam sentir confortáveis e aptos a continuarem existindo de uma forma saudável do ponto de vista físico e emocional.

Assim, cuidem-se. Do ponto de vista físico e, na mesma proporção, do ponto de vista emocional.

Estamos à disposição dos senhores, prontos a sermos parceiros no estabelecimento de novas zonas de conforto dentro das quais cada um de nós possa viver com qualidade de vida.

 


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