A abordagem da Divisão de Saúde de hoje, sobre saúde e segurança no trabalho, traz sugestões de proteção contra os ruídos. Além de serem entendidos como sons desagradáveis e indesejáveis, os ruídos são causas de vários problemas extra auditivos como cardiovasculares, neurológicos e digestivos, sendo a prevenção, com o uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, a melhor maneira de evitá-los.

Dentre as causas das doenças ocupacionais, o fator de maior incidência é o ruído, agente físico nocivo à saúde mais comum nos ambientes de trabalho, cuja exposição pode provocar diferentes sintomas, que podem ser de ordem auditiva ou extra auditiva, dependendo das características do risco, da exposição e da pessoa exposta.

Os prejuízos auditivos que o ruído sonoro pode causar no organismo são o zumbido, a perda auditiva e dificuldades de compreensão da fala. Já os extra auditivos envolvem problemas neurológicos como insônia e dores de cabeça; cardiovasculares como aumento de batimentos cardíacos e pressão arterial; respiratórios e aumento da frequência respiratória; digestivos como gastrite, náuseas e úlceras; comportamentais e/ou psicoemocionais como irritabilidade, ansiedade, mudança de humor, depressão, dentre outros; vertigens, desequilíbrios e desmaios; cansaço, desânimo, déficit de atenção e diminuição do rendimento, devido à falta de disposição.

Também chamados de protetores auriculares, os protetores auditivos são EPIs obrigatórios em locais de trabalho onde os sons extrapolam o nível saudável para a audição, conforme Norma Regulamentadora nº15, estabelecida em Portaria do Ministério do Trabalho. 

Tipos de Protetores

De acordo com a Disau do TJRO existem diferentes tipos de protetores auditivos, que se adequam a diferentes demandas e situações, com formatos variados e modelos de inserção ou concha (abafador) que, como todo equipamento de segurança no trabalho, precisam de certificado de aprovação, o que garante a eficiência e a qualidade do EPI.

Para usar corretamente os protetores auditivos devem ser observadas as recomendações como o uso durante todo o temo necessário, evitando retirá-los; colocar o dispositivo corretamente para garantir proteção efetiva; estar com as mãos limpas para manuseio, evitando contaminações; não emprestar o EPI, já que é de uso individual.

Higiene e armazenamento

Quanto à higiene, se o protetor for lavável, é necessário verificar a periodicidade, pois um longo intervalo entre as higienizações pode causar o surgimento de bactérias e, consequentemente, infecções, além de prejudicar a conservação do produto. Recomenda-se sabão neutro, secagem à sombra e, no caso de protetores tipo concha, evitar imersão em água, usando apenas pano úmido com sabão.

Para prevenir contaminações externas, deve-se evitar sair com o protetor utilizado no ambiente de trabalho para outros lugares. Além disso, quando o EPI já não apresentar boas condições de uso, deve ser substituído por um novo.

Agendamento fonoaudiológico

Caso se identifique exposto ou exposta a ruído prejudicial à audição no setor onde trabalha, você pode solicitar agendamento fonoaudiológico na Divisão de Saúde do TJRO para avaliação e orientações sobre medidas preventivas ou curativas a serem tomadas, evitando o agravamento do problema.

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