Retomado no último mês, como primeira atividade presencial na nova
sede da Escola da Magistratura de Rondônia (Emeron), o curso de Constelações
Familiares teve a realização do quinto de oito módulos previstos. Iniciada em 2019 e interrompida no ano seguinte pela
pandemia, a ação formativa tem como foco a saúde integral, abrangendo o físico,
o mental e o emocional.
Participam cerca de 30 magistrados(as) e 130 servidores(as) do
Tribunal de Justiça do Estado, em turmas simultâneas. O curso é disponibilizado
dentro do programa de qualidade de vida da instituição e visa ofertar uma
ferramenta para que os(as) participantes tenham uma percepção mais efetiva de
si e de sua origem, compreendendo suas problemáticas e experiências de vida,
para que sejam capazes de, no âmbito profissional, atuar de forma mais
humanizada.
Juíza auxiliar em Porto Velho e, atualmente, vice-diretora da
Emeron, Karina Miguel Sobral, uma das participantes, diz que o programa atende
diretamente às diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ): “A Emeron,
além de capacitar magistrados e servidores, tem por função auxiliar o Tribunal
de Justiça no cumprimento das Resoluções 207/2015, 294/2019 e 388/2021, que
tratam da proteção integral à saúde de magistrados e servidores, e para isso vem
desenvolvendo diversos cursos, a exemplo das Constelações Familiares”. Segundo
ela, é nítido o adoecimento enfrentado por todos(as) durante a pandemia: “Diversos
são os depoimentos de magistrados e servidores acerca da grande contribuição
que o curso de constelação vem trazendo para as suas vidas, seja profissional,
seja pessoal, e isso apenas corrobora a importância dessa ação da Escola”.
Coordenadora do curso, a juíza Silvana Freitas, do Juizado de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, diz que as constelações
familiares foram um divisor de águas em sua vida. “Depois que aprendi e passei
a vivenciar as leis sistêmicas, minha vida familiar e profissional mudou
significativamente”, assegura. Ela complementa que a ideia de utilizar essa
ferramenta para a melhoria do bem-estar de magistrados(as) e servidores(as)
adveio dos inúmeros ganhos observados dentre os 30 magistrados que participaram
da primeira turma do curso de Constelações, realizada entre 2015 e 2017, quando
o TJRO passou a ser o primeiro tribunal a institucionalizar a formação para uso
na Justiça estadual. “Os resultados foram tão impactantes na vida de tantos
juízes que se percebeu a necessidade de que outros pudessem beber dessa fonte e
que fosse estendida aos servidores, os ganhos podem ser sentidos em todas as
esferas da vida humana e têm resultado, sem dúvida alguma, na melhoria da
qualidade de vida dos que participam”, finaliza a magistrada.
A servidora Mariângela Onofre, psicóloga da Divisão de Saúde
(Disau) do TJRO e que também participa do curso, destaca especialmente a
percepção de sermos uma unidade. “Quando falamos de saúde, estamos falando de
um aspecto integral do indivíduo, não só de saúde física ou só emocional”,
afirma. Para ela, o grande diferencial do quinto módulo, que tratou especificamente sobre saúde e doença, foi
exatamente esse: “Falarmos da saúde nos seus diferentes aspectos e nessa integração
entre físico e emocional”.
Outra servidora a participar, a assistente social aposentada Maria
Inês Oliveira, que desde 2010 ministra cursos na Emeron, reforça a resultado já
alcançado, na metade do curso. “Podemos notar o avanço significativo dos alunos
nas questões que envolvem o relacionamento familiar, a resolução de problemas,
o relacionamento interpessoal e o seu bem-estar, isto reflete diretamente no atendimento
das demandas que lhes são apresentadas no seu trabalho”, conta Inês. Segundo ela,
o Tribunal de Justiça existe para resolver demandas judiciais e essas demandas
trazem histórias, sofrimentos e pedidos de resolução das mais diversas ordens. “Lidamos
não só com o problema, mas principalmente com pessoas, e temos que ter o quadro
do tribunal capacitado para receber essas pessoas de uma forma humanizada e respeitosa”,
completa.
Por fim, a vice-diretora da Emeron Karina Sobral reforça: “Os conhecimentos que podem ser adquiridos no curso representam ganho tanto pessoal, quanto profissional, haja vista que na medida em que o ser humano cuida de si, ele se apresenta melhor para lidar e até cuidar do próximo, atuando melhor para a prestação jurisdicional”. Os últimos três módulos acontecerão entre os próximos meses de junho e novembro.
Assista ao vídeo contendo depoimentos de magistradas e servidoras, no Instagram da Emeron (instagram.com/emeron_oficial).
Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron
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