A Divisão de Saúde e Bem-Estar Organizacional (DISAU) do Tribunal de Justiça de Rondônia, em adesão à Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase, que é celebrada neste mês de outubro, traz um alerta sobre uma doença de pele que atinge 5 milhões de pessoas, somente no Brasil, com a intenção de demonstrar a importância do diagnóstico e prevenção para combater o preconceito em relação aos portadores dessa doença.
A psoríase, que é considerada crônica, sistêmica, autoimune e não contagiosa, afeta cerca de 125 milhões em todo o mundo. Estima-se que 1,3% dos brasileiros têm a doença e realizam, em sua maior parte, tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Sintomas
Os sintomas da psoríase são variados: Lesões no couro cabeludo, placas avermelhadas e com escamas no corpo, inchaços e deformações das articulações, descolamento, depressão e estrias nas unhas.
Diagnóstico e tratamento
Caso apresente esses sintomas, a orientação é procurar um médico especializado na área de pele, no caso, um dermatologista, para o diagnóstico e início do tratamento.
Nos casos leves, hidratar a pele, aplicar medicamentos tópicos (cremes e pomadas) na região das lesões e se expor ao sol de maneira orientada por dermatologista podem ser suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento das lesões. Em alguns moderados é necessário adicionar o tratamento com exposição à luz ultravioleta em cabines, uma vez que esse procedimento aumenta a sensibilidade da pele à luz, o que é benéfico para a recuperação.
O acompanhamento psicológico pode ser indicado em alguns casos, visto que a psoríase pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Outros fatores que são uma alimentação balanceada, o controle do peso e a prática de atividade física.
Preconceito
Manter uma qualidade de vida saudável pode ajudar a controlar a psoríase. É preciso estar atento, também, aos casos de histórico da doença no grupo familiar. Almir Rogério Gomes Rocha, funcionário do TJRO, atualmente lotado na Vara Infracional e de Execução de Medidas Socioeducativas da Comarca de Porto Velho, convive com essa realidade há mais de 3 décadas. A mãe dele tem psoríase e, apesar de realizar o acompanhamento médico, a família sente na pele o preconceito que envolve essa doença.
“Minha mãe, após ser diagnóstica, passou a usar roupas de manga longa e calça comprida, diariamente, o que causava maior irritação para a pele, tendo em vista a psoríase ter se espalhado pelo corpo todo (da cabeça aos pés) e o calor contribuir para o aumento da psoríase”, conta. A mãe de Almir chegou a passar um período em Cuba para realizar um tratamento. “Lá, foi acompanhada por médico dermatologista, fez exames de pele, tratamento feito à base de placenta, com raios infravermelhos e outros medicamentos. Sem evidência de cura, foi conscientizando-se da necessidade de superação”, narra.
Atualmente, Almir acompanha os cuidados da mãe, que utiliza pomadas e hidratantes e tem tido bons resultados. Além disso, a alimentação também requer atenção, evitando certos alimentos que podem ser prejudiciais para a propagação da psoríase (alimentos gordurosos), além de tentar manter o bem-estar emocional.
Comunicação Interna