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I Encontro de Diretores de Escolas Judiciais da Amazônia é encerrado com leitura da Carta de Porto Velho

Segundo dia do evento teve mais quatro painéis, debates e programação cultural

28/11/2022 10:38

Na sexta-feira (25), ocorreu o segundo e último dia do I Encontro de Diretores de Escolas Judiciais da Amazônia, realizado na sede da Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron). A programação teve continuidade com mais painéis e debates sobre o tema dos caminhos e perspectivas da educação judicial na região amazônica.

No primeiro painel da manhã, o presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia e ex-diretor da Emeron (biênio 2018-2019), desembargador Marcos Alaor Diniz Grangeia, abordou “O Papel das Escolas de Magistratura na Formação Ética dos Magistrados – Desafios para a construção de uma agenda”. Ressaltou que o magistrado(a) tem que ser ético(a) tanto na vida privada, como em sociedade e no processo: “Para manter a legitimidade do atual padrão da carreira, é necessário que todos ajam eticamente, pois daí deriva a confiabilidade que ela confere”. Para o presidente, os tribunais precisam de autonomia administrativa, pedagógica e orçamentária para as escolas judiciais. “As escolas precisam ser emissoras de soluções para os problemas do Tribunal de Justiça”, pontuou.

A seguir, foi a vez do desembargador do TJRO Alexandre Miguel, professor da Emeron, ministrar o painel “Pontes Digitais: a Educação a Distância conectando a Amazônia. Peculiaridades regionais”. O magistrado apontou para a tecnologia como possibilidade de uma nova educação. “Temos as tecnologias à mão, com a progressão da web até a 4.0, para uma educação também 4.0, com o uso constante e plural da tecnologia para o ensino-aprendizagem”, disse. Segundo ele, os três condicionantes da educação 4.0 são: saber conhecer, saber fazer e saber ser.

Entre os painéis, os participantes faziam perguntas aos conferencistas, com os debates sendo mediados pelo diretor da Emeron, desembargador Raduan Miguel Filho. Ao longo do evento, também houve relatos de experiências sobre as redes de cooperação, suas periculosidades, obstáculos e superações, bem como trocas de práticas exitosas.

O desembargador Marco Villas Boas, do Tribunal de Justiça do Tocantins e presidente do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem), apresentou o painel acerca da Agenda 2030 e o novo perfil de formação judicial. Foram levantadas questões sobre a relação do ser humano com as novas tecnologias e os impactos que atingem o Poder Judiciário: “As novas tecnologias vieram para ficar, não há mais como retornar ao mundo anterior. No entanto, é preciso ter cautela com isso e olhar o homem pela sua dignidade, principalmente aqueles que têm maior dificuldade de compreensão e de utilização [das ferramentas digitais]”.

O último painel do Encontro foi ministrado pela desembargadora Regina Célia Ferrari Longuini, diretora da Escola do Poder Judiciário do Acre, com o tema “Um Olhar para as Especificidades da Educação Judicial na Amazônia”. Na oportunidade, ela lembrou diversas experiências dos anos em que atua na magistratura acreana. “É um campo específico no qual nós estamos mergulhados, cujas ações são bem específicas, como os cartéis do tráfico de drogas, as nossas fronteiras, o tráfico de pessoas, de madeira, pesca e caça ilegais, guerra entre as facções e o contrabando de armas. Enfim, há muitas especificidades que precisam ser cuidadas pelas escolas”, disse a magistrada.

Encerrando as atividades no Pleno Histórico da Emeron, foi realizada a confecção e leitura da Carta de Porto Velho (Carta do Rio Madeira). O documento lista os objetivos e compromissos assumidos pelos presentes em prol da educação judicial na Amazônia.

Para finalizar o evento, na parte da tarde, os participantes se dirigiram ao Centro Cultural e de Documentação Histórica, onde puderam acompanhar uma apresentação de clarinete do servidor do CCDH Wagner Santos, que tocou várias músicas no pergolado do pátio central do prédio. Os visitantes também conheceram o acervo fotográfico e documental, incluindo a exposição permanente Sete Samurais, que conta a história dos primeiros desembargadores do TJRO, bem como a mostra temporária do artista plástico local Botôto.

Veja as fotos do 2º dia do Encontro de Diretores de Escolas Judiciais da Amazônia no Flickr da Emeron.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron

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