A Escola da
Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron) realizou nesta quinta-feira (24),
em Porto Velho, a abertura do I Encontro de Diretores de Escolas Judiciais da
Amazônia. Com o tema “Educação Judicial na Amazônia: Caminhos e Perspectivas”,
o evento tem o objetivo de proporcionar aprendizados e trocas de experiências
às administrações das escolas judiciais da região.
Na programação do
encontro estão painéis sobre formação inicial de magistrados(as), papel das
escolas judiciais no preparo dos magistrados(as) para atuação focada na realidade
das comunidades tradicionais, Agenda 2030 e o novo perfiI de formação judicial,
educação a distância, formação ética de magistrados(as) e especificidades da
educação judicial na Amazônia.
Ainda fazem parte da
programação um momento para relatos de experiências e a elaboração e leitura da
Carta do Rio Madeira. O encerramento ocorrerá nesta sexta-feira (25), com
apresentações no Centro Cultural e de Documentação Histórica do Judiciário de
Rondônia.
No início dos
trabalhos do primeiro dia, os participantes dos diversos estados que viajaram
até Porto Velho para o encontro acompanharam uma apresentação da Companhia de
Dança Yaporanga, reforçando o caráter amazônico do evento.
Na fala de abertura,
o diretor da Emeron, desembargador Raduan Miguel Filho, lembrou das
peculiaridades da região amazônica e os desafios que elas trazem para a atuação
da magistratura. “Esse encontro surgiu de uma ideia de que deveríamos ter
mecanismos diferenciados para tratar das questões relativas às escolas
judiciais deste lugar que para nós é bem próximo do coração, mas que colegas e
brasileiros de outros rincões e estados não conhecem e não têm sequer ideia das
dificuldades que nós enfrentamos”, declarou.
Representando o
presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, desembargador Marcos
Alaor Diniz Grangeia, o desembargador Alexandre Miguel ressaltou as conquistas
da Emeron nos últimos anos e a participação de outras instituições no evento,
como o Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público e a Defensoria
Pública do Estado. “Estamos fazendo 40 anos da criação do estado e da
construção do Poder Judiciário de Rondônia, e geralmente nos 40 anos nós
olhamos o passado, mas hoje estamos olhando o nosso futuro, olhando para esse
encontro e vendo o que nós podemos fazer para enriquecer a formação dos
magistrados e com certeza absoluta isso só vai retornar em benefício para nossa
sociedade”, disse.
O desembargador Marco
Villas Boas, do Tribunal de Justiça do Tocantins e presidente do Colégio
Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem),
enfatizou o papel das escolas na superação de problemas enfrentados pela
sociedade atualmente. “Temos que cuidar das tradições, cultura e direitos dos
povos tradicionais e penso que as escolas da magistratura são os foros adequados
dentro do Poder Judiciário para discussão de problemas dessa magnitude e também
apontar os rumos para a sua solução”, pontuou o magistrado.
Ainda na abertura, foi
entregue a seis homenageados, pelo presidente do Copedem, a Medalha do Mérito
Acadêmico Desembargador Antônio Rulli Júnior. Entre os agraciados estavam os
desembargadores do TJRO Raduan Miguel Filho e Alexandre Miguel, respectivamente
diretor e professor da Emeron, o desembargador João de Jesus Abdala Simões,
diretor da Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam), a
desembargadora Regina Célia Ferrari Longuini, diretora da Escola do Poder
Judiciário do Acre (Esjud), o desembargador Caetano Levi Lopes,
diretor-presidente da Escola Nacional da Magistratura (ENM), e o juiz de Direito
Jorsenildo Dourado do Nascimento, secretário-geral da Escola Nacional de
Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam). Logo depois, houve o
lançamento da revista digital de memória do Copedem.
O primeiro painel,
sobre a formação de magistrados(as) na perspectiva amazônica, foi apresentado
pelo juiz Jorsenildo Dourado do Nascimento, do Tribunal de Justiça do Amazonas.
“A jurisdição deve ser eficiente e célere, especialmente na região amazônica,
em que as grandes distâncias e o isolamento de várias localidades contribuem
para a consolidação de danos ambientais, de violação a direitos de povos
indígenas e comunidades ribeirinhas, fomento à prática de crimes, enfim, são
terreno fértil para a consolidação de todo e qualquer tipo de dano”, alertou.
Em seguida, o
desembargador Caetano Levi Lopes, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais,
apresentou o painel “Papel das escolas judiciais no preparo dos magistrados e
magistradas para atuação focada na realidade das comunidades tradicionais”, em
que ressaltou a importância da formação de magistrados para dar o atendimento
esperado pelo jurisdicionado. “Nossa atividade judicante existe em função das
comunidades e a população da Amazônia tem sonhos, desejos e tem sede de justiça
também. Nossa missão só pode ser cumprida se nós magistrados estivermos
preparados para ela”, concluiu o desembargador.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron
Acompanhe-nos
nas redes sociais: instagram.com/emeron_oficial, twitter.com/emeron_oficial, facebook.com/emeron.oficial e youtube.com/EscolaEmeron