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Amor aos animais: servidores que se solidarizam com a causa

Muitos servidores demonstram seu carinho pelos bichos dispensando um ótimo tratamento, mas alguns extrapolam esse sentimento incondicional se solidarizando também com um problema bem mais amplo: o abandono.

11/06/2019 13:31



Ter gato ou cachorro em casa é uma escolha de amor e muita responsabilidade. Muitos servidores demonstram seu carinho pelos bichos dispensando um ótimo tratamento, mas alguns extrapolam esse sentimento incondicional se solidarizando também com um problema bem mais amplo: o abandono. É o caso de Raimunda Nunes, servidora da Secretaria Administrativa do TJRO, que atua no recolhimento de animais nas ruas para que sejam cuidados e, quem sabe, adotados por novos donos.


Há 10 anos, ao sair do trabalho, Raimunda deparou-se com uma cachorra doente que estava abandonada na rua, então resolveu levá-la para casa. Começava aí um trabalho de extrema dedicação pelos pets. Hoje, ela mantém em sua residência 20 cachorros e 5 gatos. “São 25 sacos de ração toda semana. Apesar dos gastos eu ainda adotaria mais. Se eu pudesse, levava todos os bichinhos lá pra casa”, se derrete.

     


Já Rose Gondim, servidora do Desau, tem quatro gatos, que recolheu na rua. O costume de família, ajudar os animais, ficou mais forte depois que entrou no Tribunal de Justiça. Os colegas, sabendo de seu ativismo, a acionavam sempre que havia problema com algum pet. “Numa sociedade tão individualista como a nossa, poucos são os que se disponibilizam a ajudar um semelhante, imagine um animal”, observou.

 

Alvorada

Na comarca de Alvorada do Oeste uma iniciativa encantou a população e os cães de rua. Uma casinha de madeira com patas desenhadas serve de abrigo para que façam suas refeições. Canos de PVC adaptados servem de comedouros e bebedouros, projeto da juíza da comarca, Simone de Melo, uma apaixonada por animais. A magistrada tem quatro cachorros.



“Não fomos nós que inventamos, mas achei maravilhosa a ideia e implantar custou apenas 45 reais de material. A mão de obra ficou por conta do nosso contador Reginaldo, nosso faz tudo aqui no fórum. Já a manutenção fica a cargo dos nossos servidores. Todo dia abastecemos o local de ração”, contou a juíza.



A iniciativa rendeu várias publicações em sites de notícias da comarca e já incentivou também pessoas da comunidade a abastecer o comedouro

 

Vaquinha

Em Porto Velho, uma organização recém-criada é nova referência para o cuidado com os animais, a associação Voluntário Animal – AVA, reconhecida pela Assembleia Legislativa como entidade de utilidade pública.

Os voluntários que integram o trabalho construíam um abrigo para cães e gatos, mas estão sem recursos para manter o local com a devida estrutura para receber os bichinhos, por isso estão organizando uma forma de contribuir denominada “vaquinha online” (Clique aqui para acessar).

A ONG conta com cerca de 150 animais acolhidos em situação de vulnerabilidade, ou seja, abandono, maus tratos, atropelamento entre outras enfermidades que podem se tornar casos de saúde pública.

“Temos enfrentado muitas dificuldades, mas jamais desistimos de salvar vidas. Começamos a construir um canil mas não estamos conseguindo terminá-lo. Precisamos acolher outros animais que nos chegam vítimas da crueldade humana”, apelou o presidente da AVA, Sid Barbosa. Ele explicou que as contribuições podem ser periódicas, a critério do doador.

 

Comunicação Interna