Ter gato ou cachorro em casa é
uma escolha de amor e muita responsabilidade. Muitos servidores demonstram seu
carinho pelos bichos dispensando um ótimo tratamento, mas alguns extrapolam esse
sentimento incondicional se solidarizando também com um problema bem mais amplo:
o abandono. É o caso de Raimunda Nunes, servidora da Secretaria Administrativa
do TJRO, que atua no recolhimento de animais nas ruas para que sejam cuidados e,
quem sabe, adotados por novos donos.
Há 10 anos, ao sair do trabalho, Raimunda deparou-se com uma cachorra doente que estava abandonada na rua, então resolveu levá-la para casa. Começava aí um trabalho de extrema dedicação pelos pets. Hoje, ela mantém em sua residência 20 cachorros e 5 gatos. “São 25 sacos de ração toda semana. Apesar dos gastos eu ainda adotaria mais. Se eu pudesse, levava todos os bichinhos lá pra casa”, se derrete.
Já Rose Gondim, servidora do
Desau, tem quatro gatos, que recolheu na rua. O costume de família, ajudar os
animais, ficou mais forte depois que entrou no Tribunal de Justiça. Os colegas,
sabendo de seu ativismo, a acionavam sempre que havia problema com algum pet.
“Numa sociedade tão individualista como a nossa, poucos são os que se disponibilizam
a ajudar um semelhante, imagine um animal”, observou.
Alvorada
Na comarca de Alvorada do Oeste uma iniciativa encantou a população e os cães de rua. Uma casinha de madeira com patas desenhadas serve de abrigo para que façam suas refeições. Canos de PVC adaptados servem de comedouros e bebedouros, projeto da juíza da comarca, Simone de Melo, uma apaixonada por animais. A magistrada tem quatro cachorros.
“Não fomos nós que inventamos, mas achei maravilhosa a ideia e implantar custou apenas 45 reais de material. A mão de obra ficou por conta do nosso contador Reginaldo, nosso faz tudo aqui no fórum. Já a manutenção fica a cargo dos nossos servidores. Todo dia abastecemos o local de ração”, contou a juíza.
A iniciativa rendeu várias publicações em sites de notícias da comarca e já incentivou também pessoas da comunidade a abastecer o comedouro
Vaquinha
Em Porto Velho, uma
organização recém-criada é nova referência para o cuidado com os animais, a
associação Voluntário Animal – AVA, reconhecida pela Assembleia Legislativa
como entidade de utilidade pública.
Os voluntários que integram o
trabalho construíam um abrigo para cães e gatos, mas estão sem recursos para manter
o local com a devida estrutura para receber os bichinhos, por isso estão organizando
uma forma de contribuir denominada “vaquinha online” (Clique aqui para acessar).
A ONG conta com cerca de 150
animais acolhidos em situação de vulnerabilidade, ou seja, abandono, maus
tratos, atropelamento entre outras enfermidades que podem se tornar casos de
saúde pública.
“Temos enfrentado muitas
dificuldades, mas jamais desistimos de salvar vidas. Começamos a construir um canil
mas não estamos conseguindo terminá-lo. Precisamos acolher outros animais que
nos chegam vítimas da crueldade humana”, apelou o presidente da AVA, Sid
Barbosa. Ele explicou que as contribuições podem ser periódicas, a critério do
doador.
Comunicação Interna