Dezenas de mães, pais e outros
responsáveis por alunos do 4º ano do Colégio Marcello Cândia, localizado na
Zona Leste de Porto Velho, participaram no último dia 5 de uma oficina de
parentalidade promovida pela Escola da Magistratura do Estado de Rondônia
(Emeron). O encontro faz parte das atividades da Clínica Escola de Métodos
Adequados de Tratamentos de Conflitos (Cematc) da instituição, que foi criada
em 2021 para atuar em ambientes comunitários,
priorizando territórios vulneráveis e com elevados índices de violência e/ou
conflitos judicializados.
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Durante a oficina, uma equipe do Núcleo
Psicossocial do Tribunal de Justiça de Rondônia abordou temas relacionados à
criação dos filhos, comunicação não violenta e resolução de conflitos. Os
profissionais ainda apresentaram o trabalho da Cematc que vai além do evento,
com atendimento em situações específicas de conflitos que podem ser mitigados.
A psicóloga Isabela Paludo, uma das
ministrantes da oficina, destacou a importância do diálogo como um meio para a
paz nas relações. “Quando a gente fala de parentalidade, de como ser pai, ser
mãe, de como falar de forma não violenta, a intenção é como lidar com os
conflitos, porque todos nós temos conflitos, mas como nós vamos lidar é o que
pode transformar a sociedade, a família, a escola, nossas relações. É como
falar das nossas necessidades, não apontando o erro do outro”, pontuou a
servidora.
Para o juiz Arlen José de Souza,
coordenador-geral do Centro de Pesquisa, Inovação e Publicação Acadêmica (Cepep)
da Emeron, o encontro foi uma demonstração da integração que a Escola da
Magistratura busca com a comunidade, entendendo e levando soluções às questões
existentes na relação das mães, pais e responsáveis pelos estudantes. “Nós
temos a oportunidade de discutir com a comunidade os seus problemas e levar,
sem dúvida nenhuma, soluções para que as pessoas possam compreender a
necessidade de revolvermos nossos próprios problemas, diminuindo a judicialização
deles e trazendo a paz social que a gente tanto almeja”, disse o magistrado.
Ao final da oficina, muitos pais comentaram
entre si das mudanças que pretendiam implantar na rotina com os filhos em casa,
com base no que foi aprendido com a equipe da Cematc. Entre eles estava o casal
Adeliane de Oliveira e Harlen Pereira, que têm dois filhos no Colégio Marcello
Cândia. “A gente estava precisando muito dessa oficina, principalmente para não
reproduzir com nossos filhos comportamentos dos nossos pais. Temos um sobrinho
que está com um problema de isolamento e agora [com as instruções recebidas]
vou até repassar essas informações para a mãe dele procurar uma ajuda
profissional”, revelou Harlen.
A diretora da instituição atendida, irmã
Carmen Baseggio, também vê o colégio como grande beneficiado pela oficina ao
considerar que, com relações mais saudáveis no ambiente doméstico, os alunos terão
mais aproveitamento do ensino. “Essa oficina para os pais é a primeira, mas já
tivemos uma para os professores sobre resolução de conflitos que foi muito boa
também. A conversa ajuda na educação dos filhos, com bagagem para educar de
forma mais adequada”, considera. A diretora acredita que hoje eles têm a
oportunidade de refletir sobre as próprias ações e fazer diferente algumas
coisas. “É importante ir se desfazendo daquela bagagem que não é tão positiva e
ir acrescentando na nossa vida atitudes que façam bem às nossas crianças, isso
ajuda a escola a melhorar sensivelmente”.
Por fim, a psicóloga Carla Fernandes
Batista Rodrigues, da coordenação do Serviço de Apoio Psicossocial às Varas de
Família da comarca de Porto Velho, também achou a reunião muito proveitosa e
com uma boa participação dos pais e mães. “Alguns já trouxeram demandas e
reflexões de mudanças que precisam acontecer dentro da sua casa e o objetivo
aqui hoje foi buscar uma reflexão de vida, como pai, como mãe, nosso papel como
esposo, como esposa e como podemos melhorar a qualidade de vida dos nossos
filhos”, disse.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron
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