“A gravidade é a força
mais antiga do universo. Se fosse uma pessoa lhe dando esse tipo de apoio, você
o chamaria de amor incondicional”, disse Márcio Zapicán, numa das dinâmicas
reflexivas que aplicou durante a oficina de Dragon Dreaming, realizada na manhã
desta sexta-feira, 14, no Espaço Cocriação do Tribunal de Justiça de Rondônia,
durante o Café com Inovação, atividade quinzenal desenvolvida para servidores e
magistrados da instituição.
O princípio fundamental
da metodologia Dragon Dreaming parte da premissa de que todo projeto começa com
o sonho de um indivíduo, que se realiza com sucesso quando compartilhado. Na
coletividade, esse sonho é alimentado com incentivos de criatividade e
positividade, já que se relaciona com a sabedoria ou com o potencial que cada
pessoa traz em si.
O planejamento é a
etapa inicial da socialização de um sonho, que abriga os objetivos, que, por
sua vez, são referenciais para a realização, daí a necessidade do envolvimento,
afirma Márcio Zapicán, quando incentiva as pessoas a se permitirem: “sinta onde
o seu corpo se conecta; note o peso do seu corpo e como a terra lhe dá suporte;
torne-se consciente do amor incondicional da terra por você e o apoio que ela
lhe dá”, orientou o facilitador da oficina, que é cientista social e
especialista em gestão.
Segundo Márcio, quando
as pessoas fazem uso de metodologias que não permitam o contato com sua
essência, seus instintos e potenciais naturais, a possibilidade de caírem em
conflitos é grande. Neste sentido, a Dragon Dreaming ajusta, de forma criativa
e positiva, as mais variadas situações e suas peculiaridades.
Inspirada na cultura
aborígene australiana, a metodologia interliga o sonho à celebração, passando
pelo planejamento e pela realização com a sabedoria aflorada, o que torna
propícia a criatividade.
Para a diretora do Escritório de Inovação do TJRO, Rosana Souza, “Dragon Dreaming é uma metodologia bem nova no Brasil, usada por empresas como Google e Netflix que a aplicam para elaborar os seus projetos. Com o método se consegue avistar o melhor das pessoas e das equipes em qualquer tipo de construção, onde a postura colaborativa dispensa hierarquia e evidencia a horizontalidade”.