Os desafios e oportunidades da
Inteligência Artificial foram refletidos hoje, 12, no Café com Inovação do
Tribunal de Justiça de Rondônia. O evento tem reunido, quinzenalmente, no
espaço de Cocriação, servidores e magistrados na busca pelo conhecimento sobre
o tema. Após a apresentação do mestre em engenharia elétrica, com concentração
em informática forense, Clayton Guimarães dos Santos, o desembargador Marcos
Alaor Grangeia, diretor da Escola da Magistratura de Rondônia, também fez uma
apresentação sobre o tema.
Responsável pela organização
do evento, a diretora do Escritório de Inovação do TJRO, Rosana Souza, citou o
tema do Café com Inovação desta sexta-feira como sendo “de relevância
inquestionável, pois a Inteligência Artificial tem impacto decisivo sobre todas
as profissões e, quando se trata de tecnologia, a evolução é rápida e requer
uma atualização constante a respeito dos múltiplos conhecimentos que a temática
exige”.
O palestrante de hoje, Clayton
dos Santos, é especialista em Gestão Estratégica e Perito Criminal da Polícia Técnico-Científica
de Rondônia e atua em infraestrutura de redes de computadores, sistemas de
detecção de padrões e análise de dados e aprendizado de máquina. Entre as
abordagens, Clayton falou do desafio que é trazer, de forma didática, o que
realmente é utilizável em Inteligência Artificial e a aplicação desse tipo de
ferramenta tecnológica como auxiliar nos trabalhos rotineiros da instituição.
É importante entender que
Inteligência Artificial não é uma moda, disse o especialista, “mas que além
dessa tomada efusiva do tema há um fundo que, de fato, vai mudar nossas
realidades e nossas vidas, por meio da utilização do computador como um
assistente inteligente, que vai otimizar o nosso trabalho, permitindo que se
perca menos tempo e se faça menos trabalho repetitivo, para que nós possamos
tomar decisões mais assertivas”.
Clayton avaliou que “tudo o
que se configurar como um trabalho repetitivo tem potencial de ser substituído.
E aí se vai extrair o melhor do ser humano e, neste caso, trabalhar com coisas
que fazem bem, que é inovar, usar criatividade e encontrar soluções”.
O diretor da Escola da
Magistratura, desembargador Marcos Alaor Diniz Grangeia, assistiu à palestra e
depois fez uma apresentação a respeito do tema, que considera um momento “muito
importante que vive a sociedade mundial, em função da tecnologia de
inteligência artificial”.
O desembargador foi um dos
palestrantes do VII Enaje – Encontro Nacional de Juízes Estaduais, realizado em
maio deste ano, no Paraná, e apresentou o material utilizado no evento para
demonstrar a sua preocupação com as questões éticas na implantação da
Inteligência Artificial na Justiça.
“Inteligência Artificial é
irreversível, está aí, não é futuro, é agora”, enfatizou o magistrado, que
citou os sistemas “Vitor”, do Supremo Tribunal Federal, criado para agilizar a
avaliação judicial e a tramitação de processos no STF e “Sinapses”, criado por
analistas do TJRO, com ferramentas de predição, e que foi adotado pelo Conselho
Nacional de Justiça, por meio de um termo de cooperação técnica, para que possa
ser utilizado pela Justiça de todo o Brasil.
Comunicação Interna