Com um auditório lotado de servidores(as) e representantes da rede de proteção à mulheres, a cerimônia de encerramento da Semana da Paz em casa foi no Fórum da Comarca de Presidente Médici, que contou na mesa de abertura com as presenças do juiz diretor, Luís Delfino, da chefe de equipe da Coordenadoria da Mulher do TJRO, Aline Dantas, o coordenador do Núcleo Psicossocial da comarca, Felipe Correia e o palestrante convidado, psicólogo do TJRO Cristiano de Paula, que de maneira franca e direta, esclareceu como o comportamento da sociedade, com fortes tendências patriarcais, contribui para várias situações de violência doméstica.
Com grande experiência no atendimento aos grupos reflexivos, Cristiano buscou desmistificar muitas crenças de cunho machista, que só reforçam os estereótipos culturais de papéis da mulher e do homem. “Não podemos continuar com pensamentos ultrapassados que sobrecarregam a mulher”, alertou.
Cristiano também fez palestra em Castanheiras, onde uma plateia atenta, também aprendeu sobre o ciclo da violência e as formas de buscar ajuda para rompê-lo. A palestra faz parte do projeto do próprio NUPs da Comarca que sistematizou todas as ações do ano em um só projeto, já prevendo orçamento para cada uma delas.
“A iniciativa nos trouxe mais ferramentas e previsibilidade para trabalhar com a comunidade, de modo mais ativo e eficaz”, disse Felipe Correia.
Todos os membros da mesa agradeceram o interesse e a disponibilidade em participar dessa mobilização contra a violência doméstica e familiar. “Não bastam o enfrentamento dos casos com a priorização dos julgamentos, é preciso também trabalhar a educação”, disse o magistrado.
Nova Brasilândia
No dia anterior, em Nova Brasilândia do Oeste, a Paz em casa começou com uma mobilização entre os servidores, estagiários e terceirizados. O evento foi batizado de café dialógico e contou teve um cunho de conscientização sobre como todos podem e devem se envolver no enfrentamento à violência contra a mulher, utilizando-se para isso de meios oferecidos pela Lei Maria da Penha e facilitadas pelo Judiciário tais como medidas protetivas, seja por meio da polícia ou por aplicativos disponibilizado pelo próprio Judiciário.
A juíza Denise Pipino participou da abertura da atividade e destacou a importância de ações educativas para mudar a mentalidade acerca da violência. Em seguida, a magistrada foi fazer uma das audiências concentradas na Semana da Paz em casa. A história de um casal, já separado, mas que passou por um episódio de violência quando ainda estavam juntos, evidenciou mais uma vez que o machismo foi o estopim da agressão física e psicológica.
A comarca, a exemplo das demais que participaram da programação da Paz em Casa, também recebeu a roda de conversa sobre masculinidades, voltada aos servidores.
Enquanto isso, a equipe da coordenadoria da Mulher do TJRO, fez uma visita ao CRAS do Município, um dos grandes parceiros na rede de enfrentamento e proteção à mulher. As profissionais Alessandra Janoski, assistente social, Rosy França, também assistente social e responsável pelo programa Mulher Protegida em Nova Brasilândia, e Thaynara Toffani, psicóloga demonstraram grande interesse em montar grupos reflexivos de mulheres vítimas a fim de apoiá-las com maior efetividade.
Assessoria de Comunicação Institucional