Notícias do TJRO
 
27/05/2025 16:19

O Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho recebeu, nesta sexta-feira (23), a visita de estudantes do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), em uma atividade voltada à educação cidadã. Os alunos acompanharam uma audiência de julgamento como parte de uma vivência prática promovida pelo professor Cássio Alves Lus, que leciona Sociologia no ensino médio e direitos humanos na graduação.

A fotografia colorida mostra estudantes do IFRO

Para o professor Cássio, a experiência representa um momento significativo de aproximação entre a teoria estudada em sala de aula e a realidade institucional do sistema de Justiça. Os temas de cidadania, direitos humanos e democracia, que fazem parte do currículo dos alunos, ganharam ainda mais sentido com a vivência direta no ambiente do júri. “O tribunal do júri é como se fosse uma aula prática das disciplinas que leciono. É possível, por exemplo, compreenderem que só em sociedades democráticas as pessoas têm direito à ampla defesa e ao contraditório, fazendo com que esse julgamento seja a própria materialização da democracia”, afirma o professor.

A atividade deixou impressões marcantes nos(as) alunos(as). Judson Gabriel destacou a oportunidade de acompanhar de perto os procedimentos do julgamento. “Quando vemos o noticiário sobre algum crime ou é o início, em que a pessoa vai ser julgada, ou o resultado. Aqui estamos conhecendo o processo que levará ao resultado final, sendo uma grande novidade pra mim”. 

Ana Clara Pimentel também compartilhou a sua percepção. “É intrigante acompanhar o júri, porque vamos acompanhando as narrativas de defesa e de acusação e vamos entrando na história junto com eles, acompanhando seus pensamentos e tendo visões que não tínhamos percebido antes. E assim, verificamos que o processo tem várias camadas”. Já Francisco Bader ressaltou a importância da análise criteriosa dos fatos. “Conseguimos perceber e compreender o lado de todas as partes. E verificamos o quão importante é analisar todos os fatos para não cometer qualquer equívoco”.

corpomatéria

Entre os participantes, estava o estudante Gustavo Izaias Furtado, que é surdo. Sua presença foi marcada por um importante gesto de inclusão: com o apoio de um intérprete de Libras, Gustavo pôde acompanhar toda a sessão com total acessibilidade. “Nunca tive essa experiência e está sendo muito interessante. Só havia visto um júri por séries, filmes. E hoje por meio do intérprete de Libras, que está promovendo a minha acessibilidade, consigo acompanhar como funciona esse processo de julgamento com os promotores, os advogados e toda essa dinâmica que acontece no sistema de justiça”, manifestou Gustavo por meio da tradução em libras pelo intérprete.   

 

Assessoria de Comunicação Institucional

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