Pesquisadoras espanholas fazem balanço da Cooperação com Justiça de Rondônia

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Quarta, 30 Novembro 2016 17:58

Pesquisadoras espanholas fazem balanço da Cooperação com Justiça de Rondônia

Pesquisadoras espanholas fazem balanço da Cooperação com Justiça de Rondônia

O foco da pesquisa é a mediação

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Depois de 7 meses de pesquisa e desenvolvimento de ações para a implantação da mediação no âmbito da Justiça de Rondônia, as pesquisadoras da Universidade Complutense de Madri- Espanha fizeram um balanço da cooperação com o Tribunal de Justiça, por meio da Escola da Magistratura, dentro do projeto "Semeando a Cultura da Paz". Edith Sanches Garcia, Irene Robles Martinez e orientadora das pesquisadoras doutora Letícia Garcia Villaluenga demonstraram os resultados, com a participação dos envolvidos nas várias etapas do projeto, inclusive a juíza Maria Abadia Alves de Castro Mariano, que fez o mestrado em Madrid e acabou motivando a equipe a trazer a experiência da mediação para Rondônia. O evento ocorreu no auditório do TJRO.

O projeto, de iniciativa da Universidad Complutense de Madrid, tem, além do  apoio do TJRO e Emeron, a parceria do Governo do Estado e da Faculdade Católica de Rondônia (FCR).

Socieducação

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Outra magistrada do Poder Judiciário de Rondônia, diretamente envolvida no projeto, é Ana Valéria Ziparro, por meio da qual foi possível ampliar o "Semeando a Cultura da Paz", para o CASE – Centro de Atendimento Socioeducativo de Ji-Paraná. Os socieducadores que participaram da formação como mediadores também compareceram ao evento, dando depoimentos sobre como a mediação pode transformar um local de cumprimento de medida socieducativa em um ambiente de paz.

Ana Valeria, titular da Vara da Infância e Juventude em Ji-Parana, acompanhou desde o início todas as etapas e já planeja a continuação, em 2017.edith4 Responsável ainda pelo Centro de Atendimento de Medidas Socioeducativas (Case), onde o projeto foi implantado de forma pioneira nacionalmente, a magistradaa vê a mediação como importante ferramenta de reinserção social dos socioeducandos e também de suporte aos profissionais que atuam junto a eles.

Ainda sobre medidas de suporte, a juíza Sandra Silvestre, cedida pelo TJ ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para atuar em Grupo de Trabalho na área da Infância, tem contribuído com o projeto de mediação, trocando informações, experiências e modelos que tem obtido resultado em instituições similares às de Rondônia. Para Ana Valeria, esse tem sido um suporte valioso para o aperfeiçoamento, mudanças e adaptações, que tem conduzido o projeto remo aos objetivos a que se propõe junto à ressocialização de adolescentes em conflito com lei."

Mediação Educativa

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Essa foi a terceira etapa do projeto, as duas primeiras consistiram no acompanhamento a Operação Justiça Rápida Itinerante em comunidades ribeirinhas do Baixo Rio Madeira, e na mediação educativa, voltada para a prática, que aconteceu em três escolas públicas estaduais de Porto Velho, onde foram realizadas oficinas e ensinadas técnicas de mediação aos alunos.

Os alunos e professores das escolas Jorge Teixeira, 4 de Janeiro e Roberto Pires também participaram e falaram da experiência. Ao longo desta etapa do projeto, crianças entre 11 e 16 anos participaram de uma oficina e aprenderam as técnicas de mediação. 240 alunos passaram pela formação, alguns deles se tornaram mediadores.

O evento serviu também como reflexão sobre os caminhos do Judiciário na área de mediação. "Qualquer técnica para a disseminação da paz é bem vinda", disse o desembargador Raduan Miguel Filho, presidente do Núcleo Permanente de Solução de Conflitos. Já o vice-diretor da Escola da Magistratura, juiz Guilherme Baldan, lembrou que a semente do projeto foi plantada pela própria Emeron, quando há 3 anos trouxe a professora Letícia Villaluenga de Madri para uma conferência em Porto Velho.

O evento contou ainda com a participação de outros atores do Direito, como juiz federal, procurador, defensor público, professores e alunos da faculdade Católica, todos interessados nessa ferramenta importante de pacificação social.

"Para nós foi um grande aprendizado e também a clara demonstração de que a mediação pode ser aplicada em todos esses campos pesquisados", disse Edith Sanches em sua apresentação. Para Irene Robles, os ganhos foram de todos.

Rede

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O trabalho de mediação nas escolas teve mais um desdobramento na manhã de quarta-feira, dia 30, com o lançamento oficialmente o serviço de mediação na Escola Jorge Teixeira.

Na ocasião as pesquisadora fizeram uma dinâmica com a comunidade escolar, na qual todos seguraram fios formando uma grande rede de integração para combater os conflitos com a cultura da paz.

Também foi aberta a caixa, onde a partir de agora, serão depositadas as sugestões de temas para as mediações, que serão feitas pelos próprios alunos formados pelas pesquisadoras.

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